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ROSAMARES: Estilo, Paixão e Perseverança.

  • Foto do escritor: David Queiroz
    David Queiroz
  • 29 de mai.
  • 5 min de leitura
Rosamares da Maia é assim: uma explosão de letras que se agrupam em palavras e versos, rompendo barreiras e desafiando limites.
ROSAMARES DA MAIA é graduada em Serviço Social, Direito. Fez pós-graduação nas áreas da Gestão do Conhecimento Humano. Sempre apaixonada por teatro e literatura, escreve desde os 12 anos. Prosas, poesias, contos, histórias infantis, ficção, são seus estilos editoriais. Como ela própria costuma definir: "É um mundo de personagens que brotam da fertilidade de minha cabeça que são como filhos da sua alma, nascidos da mão e caneta para despertar a emoção de viver."
ROSAMARES DA MAIA é graduada em Serviço Social, Direito. Fez pós-graduação nas áreas da Gestão do Conhecimento Humano. Sempre apaixonada por teatro e literatura, escreve desde os 12 anos. Prosas, poesias, contos, histórias infantis, ficção, são seus estilos editoriais. Como ela própria costuma definir: "É um mundo de personagens que brotam da fertilidade de minha cabeça que são como filhos da sua alma, nascidos da mão e caneta para despertar a emoção de viver."

Não cabem aqui as preciosidades que gostaríamos de colher de Rosamares, especialmente no que diz respeito ao seu extraordinário acervo literário, uma bela coleção de livros ilustrados e publicados para o segmento infanto-juvenil, tais como: Ludmila, a lagartinha maratonista; As aventuras de um barquinho de papel; Salvem a Cocó, salvem a humanidade. Romances, contos e poesias: Tempo de Contradições; Não sei se devo, mas vou contar; Retalhos de vida. Agora com mais dois novos lançamentos pela DQUEIROZ Editora, Poemas Tortos e A Ordem das Libélulas - Organização secreta de mulheres.


De uma forma muito descontraída, Rosa fala um pouquinho de sua experiência e do seu mais novo livro.


1. Como foi a descoberta de sua paixão pela escrita?

– Eu acho que nasci apaixonada pela escrita. Me contive durante o processo de alfabetização e aprendizagem da leitura, e me apaixonei definitivamente quando meu pai trouxe para casa os nossos primeiros gibis (Gasparzinho, Brasinha, Bolinha e Luluzinha — depois, os da linha Disney, maravilhosos). Mais à frente, veio a Coleção Madrigal, com livros como Jonas e a Baleia, A Menina das Nuvens, Pinóquio, e depois Monteiro Lobato, com Reinações de Narizinho. Daí em diante, com as portas abertas, juntar ideias criativas e criar minhas próprias histórias foi só uma questão de deixar os sonhos transbordarem.


2. Você tem um belo acervo de livros publicados. Fale um pouco dos desafios para chegar até aqui.

– Os meus principais desafios de ontem foram os mesmos que os estudantes encontram hoje: escolas com um plano pedagógico raso, voltado para o aprendizado das operações que possibilitem sair da escola sabendo as quatro operações, com uma leitura funcional melhorada, os pontos cardeais, a fórmula da água e do oxigênio — e “sejam felizes”. Hoje, ainda temos o agravante da má utilização do excesso de telas e mídias digitais.Tive a sorte de encontrar, no meu caminho, alguns professores de português e literatura que tocaram direto o meu desejo e incentivaram a minha vocação, que já vinha alicerçada de casa.Despertei tarde para desengavetar tudo — literalmente das gavetas, e principalmente da alma — pois escrever com originalidade, com verdade, é difícil e, principalmente, muito caro. Há gente maravilhosa engavetada por aí porque não consegue custear suas publicações. Para as pequenas editoras, aquelas que publicam pequenas tiragens, também é muito difícil sobreviver.


3. Como germina a ideia na sua cabeça, ou seja, como você concebe um livro?

– Na minha cabeça, o livro acontece de forma muito natural. Às vezes, começo a “ruminar” uma ideia, de forma que já sei seu começo, meio e fim. Já sei exatamente o que quero dizer; apenas fico buscando os encadeamentos, os elos de ligação, para contar com coerência. Muitas vezes, já me peguei escrevendo em pé, na cômoda do quarto, ou sentada à mesa da cozinha, às três horas da manhã. Roteirizo as ideias e, de repente, nasce a história. É óbvio que o insight vem de algum momento vivido ou de um desejo por vivê-lo, mas, às vezes, leva algum tempo para reconhecê-lo.


4. Como você lida com as críticas durante o processo de escrita e depois da publicação?

– Eu me considero uma escritora do pós-1922, modernista, livre pensadora e não muito engessada por regras. As críticas baseadas na lógica da melhoria da história, na busca por uma compreensão mais clara da situação apresentada, eu lido bem com elas.Uma boa opinião — educada, desmistificada de arrogâncias e contributiva — depois da publicação do livro, também recebo bem. Não gosto e não aceito críticas de pessoas movidas por perversidade, arrogância, vaidade ou com o propósito de se apresentarem como extremamente sábias, desmerecendo e desqualificando o trabalho alheio. Aprender é algo que devemos exercitar todos os dias, com amor, ardor, curiosidade e humildade.


5. Fale sobre o surgimento do livro A Ordem das Libélulas.

A Ordem das Libélulas é literalmente um desabafo, criado a partir de uma vivência real. Uma indignação pela incapacidade de reagir no momento em que o fato estava acontecendo. No momento em que, como espectadora da situação, não podia reagir — mas também não podia me omitir. Escrevi durante cinco dias, praticamente sem parar. Criei uma alegoria onde foi possível exercer uma vingança macabra de morte, sem os parâmetros éticos e morais do certo ou errado. Todos os homens mortos, do princípio ao fim do livro, são pessoas reais, travestidas nos meus personagens e, na concepção da Rosamares, mereceram o seu castigo.


Depois, percebi que precisava aproveitar a oportunidade para falar da violência que assola as mulheres no Brasil — mas não apenas as mulheres, também as crianças e adolescentes — onde os casos de estupro são crescentes, odiosos e, por incrível que pareça, acontecem no lugar que deveria ser abrigo seguro: seus lares, e por pessoas nas quais depositam o desejo de acolhimento e a necessidade de proteção.


6. Qual a sua expectativa quanto a reação dos leitores, especialmente do público feminino?

– Criei uma história em um período de indignação e, obviamente, não quero nenhuma “leitora-libélula executora”. Mas, sinceramente, espero que as pessoas leiam e não se calem — que denunciem qualquer tipo de violência contra os vulneráveis. Quero que reflitam e tomem atitudes. Desejo que pensem sobre a violência nas Organizações, nas Corporações, que pagam salários menores para trabalhos iguais. Que no dia de hoje, 28 de maio de 2025, reflitam sobre o que foi feito ontem contra a Senadora da República e Ministra do Meio Ambiente do governo brasileiro, em uma assembleia misógina e, no mínimo, desrespeitosa contra a figura pública da mulher, da parlamentar e da ministra de Estado Marina Silva. Uma vergonha perante o mundo!


7. Não obstante às dificuldades, qual o pensamento que guia ou sustenta na sua jornada como escritora?

– A filosofia que guia minha jornada como escritora é a de que a minha alma precisa das minhas mãos. Precisa dos traços e do trabalho do meu editor e ilustrador, David Queiroz. Precisa de cada vida que eu puder alcançar — seja de gente, bicho ou planta.Preciso me colocar para fora desse invólucro que é o meu corpo, porque estou aqui para contribuir, sendo um tijolinho na construção do Criador.


Eu não vim a este mundo a passeio — e, enquanto conseguir, vou trabalhar.




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