Paulo Roberto Cecchetti

A nova síntese das palavras
 
     Olha o poeta outra vez se reinventando. Transformou a crônica em “croniquetas”! Frases curtas. Curtíssimas.
     Poucas palavras. Favas contadas. Reflexão. Inevitável. O que dizer ou mesmo informar ao leitor sobre este novo trabalho literário do poeta, haicaísta (e aí dá pra entender de onde veio todos os cortes, firmes, rasgando o texto de forma enxuta). Susto à novidade? Nem tanto.
     O poeta Cecchetti, tão comunicativo entre seus pares, resolve ser mais preciso, sucinto, tal qual os inúmeros e belos haicais, recentemente publicados, ora com o saudoso artista plástico Miguel Coelho ora com a professora universitária Márcia Pessanha, aprendidos com o inigualável Mestre Luís Antônio Pimentel.
     E eu, mais uma vez chamado a elaborar um texto sobre a novíssima obra literária do Cecchetti, fico aqui matutando e buscando entender os caminhos que a escrita pode levar o autor a tanta sensatez. Também pretendo conduzir meu comentário na linha do autor. Rápido,
ligeiro e reencontrando toda forma de dizer.
     Desejo ao cronista do corte cirúrgico que essas palavras não sangram e, sim, pulsam para o deleite do leitor.
 
Mário de Bolsena
Crítico Literário